27 junho 2012

A pobreza mora na cabeça? (4)

Quarto número da série. Escrevi no número anterior que o idealismo que reduz o social a uma multiplicidade de entidades psicologizadas é um método, afinal, vantajoso. Por quê? Porque permite admitir que o social, em toda a sua vastidão e complexidade, pode ser movido e direccionado consoante a vontade e a abnegação de cada um, consoante o seu desejo, consoante - digamos - a sua cabeça. Por outras palavras: os seres humanos podem fazer a sua própria história, nas condições e nas direções por eles escolhidas. A história é o que que eu quero que ela seja. Mas, vamos lá: as coisas são assim mesmo, produto de opções pessoais? (imagem reproduzida daqui).
(continua)
Sugestão: recorde a minha série em sete números intitulada Onde moram os pobres?, aqui.

2 comentários:

TaCuba disse...

´Pobres de espírito´, ´ricos de espírito´...etc.

Chongo disse...

Bem, a nocão idealista que Serra avança nesta postagem é deveras interessante e ao mesmo tempo "armadilhada", pois eu sinto que ao avança-la Serra sabia que ressuscitar o velho Marx. Em minha opinião,o indivídio até pode escolher a direccão que quer dar à sua vida mas as algumas condicões sociais, tais como, a pobreza, exclusão, analfabetismo e outros não nos deixam com muitas escolhas.